quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Olhar pra dentro, valorizar, sermos mais...

Fui essa semana assistir um filme no cinema considerado coisa de criança, adolescente, bobo, essas coisas, mas uma curiosidade: acho o filme até bonzinho, bem feito e com uma história que infelizmente só se vê hoje em dia no cinema, não tô falando de vampiros e lobisomens, não é isso, e sim justamente o que eu acho que as pessoas chamam de "besta" no filme: a história de pessoas que se gostam de verdade pelo que são, de forma pura e sem malícia, são jovens apaixonados por uma menina que nem é tão bonita, no filme ela não é nada sexy, não arrasa corações quando passa, é apenas uma jovem adolescente como muitas que achamos por ai... Sobre as relações no filme? Eles sempre estão perto, se olham, tocam as mãos, rostos e o ápice são beijos, beijos que muita gente acha simples e bobo, mas incrivelmente transparecem tantos sentimentos... Ela não "pega todo mundo", dois caras afim dela, e ela se mantém fiel a um, mesmo terminada com ele...

Taí acho que as pessoas estão (infelizmente) presas a quantidade e não a qualidade, hoje as pessoas acham mais interessantes saírem e "pegarem" as outras aos montes para depois se tornarem números nas conversas dos outros do que realmente ter algo mais profundo ou pelo menos acreditar que isso possa existir... o que? Você no fundo, aí escondidinho no seu interior gostaria que as pessoas voltassem a valorizar as outras desta forma mais verdadeira? Legal, mas sabe o que é pior? Somos os próprios culpados em estarmos deste jeito, nós deixamos de acreditar, de fazer, nos deixamos influenciar e muitas vezes "ficamos" por "ficar" porque os amigos apóiam, dizem que a vida é assim e blá blá blá ou até temos vergonha de dizer que acreditamos ou queremos algo do tipo para nós porque todos vão rir, "tirar onda" com sua cara e derrepente transformam em você uma coisa que achava bonita se tornar ridículo, e você acaba concordando, não querendo, só pra não ser reprovado e vai ser mais um dos tantos iguais de hoje que estão por ai "pegando todo(a)s" e vazio no fim de noite, festa... vida...

Não quero aqui pregar "vamos acreditar em contos de fadas", não mesmo, eles não existem igual aos livros, mas existem de formas diferentes como um casal de velhinhos que completam 50 anos de casados e ainda namoram e são felizes por ainda estarem juntos, rodeados de filhos, netos, bisnetos e etc... acha que não existe? Pois deixa eu te dizer uma coisa existe que eu já vi, é raro mas eu vi, assim como também já vi que não existe príncipe encantado, mas já encontrei pessoas encantadoras com seus defeitos e erros... Não quero também aqui desaprovar quem sai e curte sua vida "pegando todo mundo", cada um é feliz da maneira que lhe faz feliz, só estou dizendo que precisamos olhar mais pra "dentro", para o que mesmo com a velhice, não vai embora com o corpo bonito da juventude... brinque, curta, curta a vontade, mas quando achar alguém que você sente que é especial pare, note-a, valorize e viva-a, não a deixe escapar porque os outros dizem que o negócio é "brincar", que o certo é só curtir e blá blá blá, pois você pode perder algo que muitos, até esses que te chamam e influenciam, gostariam de ter...

Todos nós somos mais que corpos bonitinhos, cabelos arrumadinhos, maquiagens, roupa legal e um número de beijo no carnaval ou festa, ou você gosta de ser um número, um qualquer? Acho até que todos aqui vão concordar com uma coisa, ficar por ficar, beijar por beijar não tem o mesmo gosto e acelerar de pulsação quanto um beijo, um toque nas mãos de quem você realmente gosta e espera há algum tempo... não existe nada igual...
Olha se vão achar que sou boba, ou coisa do tipo, achem... por mim tudo bem, mas garanto uma coisa, duvido que me achem vazia e uma notícia boa pra você: nunca vou te tratar como objeto, número, um qualquer, passa tempo ou até mesmo bobo... Acho que você gosta de saber disso não é? Pois é, eu também... reciprocidade melhor ainda...
Todos nós somos muito mais o que transparecemos...

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